sábado, 28 de março de 2009

Luz

Acordo na escuridão do dia amanhecido
Procuro a luz perdida que me guia a ti
Olho em meu redor e só vejo o vazio
Anseio um sinal, algo que já senti
Busco a Luz Perpétua, a Luz infinita
A mesma que nos leva a cometer loucuras
A que a visão não alcança, independente do esforço
Aquela Luz magnifica, que vai sem atalhos
Directamente ao Coração
Procuro o teu brilho encantado
No meio da imensa multidão
Sinto-me sozinha, sem um sinal teu
“Onde andas?!”, Pergunto a desesperar
Tudo o que eu quero neste vida
É poder te encontrar.

sexta-feira, 27 de março de 2009

A noite de ontem

"...que bela tarde de sexta e eu em casa... pensando bem, é para compensar o desgaste de ontem à noite... que bela noite, diga-se de passagem! Só novas caras por perto e algumas bonitas também. Nem acredito que em todo o tempo que estive no Clubíssimo só bebi uma garrafinha de água. Bom, foi para compensar todos os líquidos ingeridos naquela noite.
Já comia qualquer coisa, mas estou com uma preguiça desgraçada. Tendo em conta que cheguei por voltas das... (que horas eram mesmo? também não importa) algures entre as 4 e as 5. A música podia ter sido melhor... E estar mais fresco lá dentro... e menos conhecidos. Ultimamente tenho tido noites engraçadas... ao menos isso, para desanuviar do trabalho. Também faz falta, senão qualquer dia entro em parafuso.
Só de pensar que domingo vou trabalhar, dá-me novamente uma preguiça... ai mãe... por falar em mãe, a minha mãe vem amanhã do Alentejo com a minha avó. Oh não! Se uma já é mau, duas então... Devia era arranjar um abrigo para fugir de casa durante uns dias!
Ando a pensar ir vaguear sozinha dois dias... destinos possíveis: Mafra, Sintra, Óbidos... claro que era preferível ter companhia, mas se ninguém pode, não me vou prender!
Será agora que vou pintar o cabelo de preto?! Gostava tanto de mudar de visual... o problema está em: e se eu não gostar, depois não há nada a fazer... Mas se já tive o cabelo quase, quase, quase branco e não me assustei. Se pintar de preto não terei outro “remédio” senão esperar que o cabelo cresça. É para desenjoar também.
Ai... estou quase a fazer anos... não quero! Estou a chegar àquela fase em que começo a ter pânico de me sentir um ano mais velha (até parece que são muitos!).
Tenho que organizar a jantarada e as pessoas que vou convidar... Ah, B não pode ir porque C vai e não se falam; D só vai se E for... enfim.
Por mim o meu dia de anos era retirado do calendário!
Por norma, são dias de especial azar: não consigo ter um único dia de anos perfecto e já lá vão 21...
Ainda me lembro do dia em que fiz 10 anos, levava um vestido azul (não é por ser meu, mas muito giro por sinal), nesta altura era meia Maria rapaz então passava as tardes a jogar à bola com os rapazes, tinha sempre as pernas cheias de nódoas negras, como o vestido era curto, notavam-se! E um vizinho, adulto, pai de duas meninas na altura (penso que hoje são três meninas e um rapaz), perguntou-me: não tens vergonha de usar saia com as pernas cheias de nódoas negras?! Na altura, inocente, não lhe respondi. Só sei que até à uns três anos atrás, nunca tinha voltado a usar saia.
Este é um dos motivos que me leva a odiar fazer anos.
Por vezes, gostava de perder a memória, começar do zero. Começo a desejar perder memória vezes de mais. Deve ser horrível por um lado, mas por outro, deve ser magnífico, perder todos os rancores que se tinha com as pessoas que encaravas todos os dias.
Gostava mesmo de perder a memória. Ou isso, ou mudar de planeta, que segundo parece, ainda não será possível.
Gostava de morar em Londres (digo isto quantas vezes forem necessárias, mesmo sem nunca lá ter ido). Adorava ir ao Tibete, ao Egipto, a Paris e a Nova York às compras.
Adorava mesmo ir ao Tibete. Todo o misticismo a que está associado faz com que me "cresça água na boca". Toda a espiritualidade associada. Deve ser algo magnífico, desmaterializado.
Gostava de ter um gatinho. Devido a vários factores (não tenho varanda, não tenho quintal), não me é possível. Para compensar, tenho 8 hamsters (já faz quase um gato!): a Speedy e o Popeye e 6 bebés. São tão fofinhos... Eram tão pequeninos quando nasceram... Do tamanho da cabeça de um dedo, cor-de-rosa, sem pêlo e de olhos fechados. Passadas três semanas, estão enormes, quase do tamanho dos pais.
Ontem estava a TP em peso lá em baixo, tal não foi a noite de loucura. Foi a noite dos jantares (basicamente o que quero dizer é que ninguém estava em condições). Muito menos eu! Aqueles penaltis de sangria são dose, ainda para mais seguidos de Vodka preta com sumo de limão. Ai, só de me lembrar, percebo o porquê destas dores de cabeça.
Juro para nunca mais (mas só até à próxima)! Excelentes companhias, as mesmas de sempre, com que posso sempre contar! Adoro-vos!
Bem, por hoje já chega, vou dormir uma sesta!"

terça-feira, 10 de março de 2009

Realidade (inacabado)

A realidade não é a mesma para todos nós, até porque todos temos pontos de vista diferentes da mesma realidade. Depende do ângulo de visão. E o que é verdade hoje, amanhã já não o é. Isto serve para tudo na nossa vida.
Imaginemos, hipotéticamente falando, uma morte.
Há sempre o culpado e a vítima. Se alguém foi a vitima, foi porque de alguma maneira, agiu para ser a vitima, tal como o agressor

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sistema do Sistema

Quando a inspiração não vem, eu espero e desespero. Entretanto percebo que não é bem uma questão de inspiração, mas sim, de motivação. Não será uma entidade divina que me ajudará a escrever estas palavras, será a minha motivação para o fazer neste preciso momento. Compreendo que o talento já se foi, mantendo-se o bichinho que me impinge umas palavrinhas.
A vontade de escrever pode surgir de um estado de espírito, de uma imagem ou de algo que vi, de uma frase publicitária, música ou mesmo de ver a sociedade em geral.
Escrever fascina-me. Por vezes fascina-me tanto que nem acredito que fui eu que escrevi determinados textos.
Bem, adiante, escrever faz bem ao espírito e ao Bom Português (que começa a ser raro nos dias de hoje). Não vou opinar contra o uso dos "k" e dos "x", porque sinceramente, também os uso, mas à que separar as àguas, e as novas gerações não têm capacidade de o fazer. A "culpa" não é das gerações, nem das evoluções, mal de nós se não evoluissemos, nem sei ao certo se existe um "culpado" em especifico.
Mas sei de um exemplo bem prático em que a "culpa" é do Sistema: eu odeio Filosofia, pelo menos no sentido que nos é passada, em que temos que seguir as teorias de outras pessoas. Bolas! Nem nos dão margem para criarmos as nossas próprias teorias, temos que seguir sempre as dos outros. Nem deixam o Futuro expandir horizontes e pensar pela própria cabeça! Podem estar a perder excelentes filósofos.
Mas isto dá pano para mangas... Por agora fico por aqui!