sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Forte

Não me posso dar ao luxo de ser fraca
O Mundo e a sociedade já me fazem sê-lo.
Mas não cedo, nem vou cair.
A partir de agora,
para a frente é que é caminho.
E o resto?
O resto fica para o destino.

Onze minutos

"Se o tivesses deixado partir e voltar sempre, amá-lo-ias e admirá-lo-ias ainda mais..."

Paulo Coelho, Onze minutos

Post #200


A brincar, a brincar... Este já é o post #200 =)

Ora então vamos lá, que isto de ser o post #200 tem muito que se lhe diga. Tem que ser algo à altura, com pompa e circunstância.

O meu ídolo, sem sombra de dúvida, é o Rouxinol Faduncho.
Eu emociono-me ao ouvir esse grande fadista a cantar, até me vêm as lágrimas aos olhos de tanta emoção.
Aquelas letras, tão lá do fundo. Grandes histórias de amor e lições de vida. Histórias de uma vida muito dura, de quem muito sofreu. A começar pelos coitados dos cães de loiça...
E contra fados não há argumentos.
Rouxinol faz-me um filhE!
E pronteS!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Gosto de ti apaixonadamente

Gosto de ti apaixonadamente
De ti que és a vitória, a salvação,
De ti que me trouxeste pela mão
Até ao brilho desta chama quente.

A tua linda voz de água corrente
Ensinou-me a cantar... e essa canção
Foi ritmo nos meus versos de paixão,
Foi graça no meu peitodescrente.

Bordão a amparar ninha cegueira,
Da noite negra o mágico farol,
Cravos rubros a arder numa fogueira!

E eu, que era neste mundo uma vencida,
Ergo a cabeça ao alto, encaro o Sol!
- Águia real, aponta-me a subida!

Florbela Espanca

Tremor de terra



O maior susto da minha vida!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Malas e Malinhas






Todas as mulheres têm o seu fetiche.
Umas por sapatos, outras por roupa, outras por malas,... Ou, na pior das hipóteses, tudo em conjunto.
A minha passa por malas.
A última vez que tive coragem para as contar, eram mais de 30. Neste momento, já deve de ir por volta do triplo (sem contar com a colecção de carteiras).
Ando-me a tentar curar, mas a tentação é mais forte que eu.

Lixo

Serei uma merda assim tão grande que acabo por magoar todos à minha volta?
No fundo, mereço tudo aquilo que me está a acontecer. Fui eu que fiz com que isso acontecesse, directa ou indirectamente.
Acabo por magoar toda a gente.
Acho que desta vez, fui eu que congelei. Sou eu que não me consigo entregar com medo de cometer os mesmos erros.
Tenho uma pedra no lugar do coração e não a vou tirar, porque só assim vou conseguir aprender.
Quero estar só. Mereço-o.

***

Perguntei às violetas
Se não tinham coração,
Se o tinham, porque escondida
Na folhagem sempre estão?!

Responderam-me a chorar,
Com voz de quem muito amou:
Sabeis que dor os desfez,
Ou traição os gelou?

Florbela Espanca

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Lixo de literatura

Com quem temos que dormir, para publicar um livro?

(Há gente que o faz, claramente!)

Sol

Finalmente vejo a luz do Sol
Mas ainda não o senti sob a minha pele
Só a luz da Lua

(ao menos tento regular as horas de sono...)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Corpo e alma

É possível juntar os dois Mundos?
O físico e o espiritual?
Ou será esse o caminho para a perfeição?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sonho

Abstraio-me da minha realidade,
Tenho sonhar e saber que serei capaz.
Tenho que ter certezas
E voar alto, sem medo de cair.
Manter-me no sonho,
E fazer por consegui-lo.
Quero-o, quero seguir a minha vida.

Bom dia

Quero o teu "Bom dia!" com os olhos ensonados, de quem acabou de acordar, Quero o teu sorriso e poder te abraçar. Quero-o para saber que no teu leito acordei. Quero tocar no teu peito e senti-lo bater. Quero esse "Bom dia!" para me sentir viva e saber que contigo adormeci, como num sonho, mas real. É o melhor presente que me podes dar. Dá-me o teu "Bom dia!"...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sozinha

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O Mundo vive indiferente à tua presença e àquilo que és.
Ninguém se importa contigo, só com o próprio umbigo.
Ninguém quer saber como és, só do que aparentas ser, quando se dignam a olhar para ti.
Ninguém se importa com o que sentes.
Ninguém que saber de ti, és só e mais uma.
Levanta a cabeça e segue o teu rumo, indiferente aos olhares alheios. Só os teus passos importam. Ninguém o pode fazer por ti.
Não te importes com os olhares críticos, és mais forte que isso. Levanta-te e sorri. Deixa o vento soltar o teu cabelo e secar as tuas lágrimas.

Estou aqui

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Custa-me levantar os braços e seguir como se fosse tudo fácil. Queria ter o teu olhar, o teu beijo, o teu toque...
Ainda relembro o teu cheiro e muito do que passámos juntos.
Sei que dói, mas faz parte de nós, do que fomos.
Queria que fosse diferente, que os muros que criaste à tua volta caíssem, queria começar de novo, começar do zero. Escrever tudo de novo, mas de maneira diferente, como se de um sonho real se tratasse.
Apoia-me, não me abandones como da última vez.

Eu

Até agora eu não me conhecia
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e o dia.

Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo que soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!

Andava a procurar-me— pobre louca!—
E achei o meu olhar no teu olhar,
E as minha boca sobre a tua boca!

E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!

Florbela Espanca

Poema à boca fechada

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

José Saramago

Tim & Mariza - Fado do encontro



Vou andando
Cantando
Tenho o sol à minha frente
Tão quente, brilhante
Sinto o fogo à flor da pele
Tão quente, beijando
Como se fosses tu

Ao longe,
Distante,
Fica o mar no horizonte
É nele, por certo
Onde a tua alma se esconde
Carente, esperando
Esse mar és tu

Pode a noite ter outra cor
Pode o vento ser mais frio
Pode a lua subir no céu
Eu já vou descendo o rio...

Na foz
Revolta
Fecho os olhos penso em ti
Tão perto
Que desperto
Há uma alma à minha frente tão quente,
Beijando
Por certo que és tu

Pode a lua subir no céu
E as nuvens a noite toldar
Pode o escuro ser como breu
Acabei por t'encontrar

Vou andando
Cantando
Tive o sol à minha frente
Tão quente brilhando
Que a saudade me deixou
Pra sempre, por certo
O meu Amor és tu

Se eu te pudesse dizer

Um dia vou construir um castelo

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…

Fernando Pessoa

Oportunidade

Nunca desperdices uma oportunidade, pois é única.

Amar ou odiar

Amar ou odiar
Ou tudo ou nada
O meio termo é que não pode ser
A alma tem de estar sobressaltada
Para o nosso barro sentir; viver
Não é uma Cruz que não se queira pesada
Metade de um prazer, não é um prazer!
E quem quiser a vida sossegada
Fuja da vida e deixe-se morrer!
Vive-se tanto mais quanto se sente
Todo o valor está no que sofremos
Amemos muito como odiamos já!
A verdade está sempre nos extremos
Pois é no sentimento que ela está.

Fausto Guedes Teixeira

Passado, Presente, Futuro

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

Especial?

Ninguém é especial.
Por mais que se tente ou por mais diferente/original/peculiar que se seja, ninguém é especial.
Principalmente quando encontramos barreiras.

Coincidências?

Hoje tive um sonho horrível, com uma pessoa que não morro propriamente de amores.
No meio do sonho, uma cobra mordeu-me a língua e a tal persona non grata levou-me ao hospital.

Curiosidade: Fui ao Marrakech (bar com sheesha) e no wc, estava uma imagem (sim, eles costumam ter imagens no wc) de um homem, com a língua de fora e uma cobra pertissímo.

(tentei encontrar uma imagem à altura, mas não consegui)

Dúvidas e palavras

Questiono muita coisa... Muitas mais ficaram por explicar.
Palavras não passam de palavras. E, sinceramente, não sei se têm valor.
Mais dúvidas.
Sempre foi assim.
Sempre desconfiei.
Certezas? Não existem, até que me provem o contrário.
Sinto-me confusa.
Não sei o que quero.
Palavras não passam de palavras.
Nunca passou de palavras...
Tanto ficou por me dizeres.

Aproveita agora e diz o que nunca tiveste coragem.
Embora palavras nunca passem de palavras
E todos nós as conseguimos dizer.
Talvez pela primeira vez, a sinceridade venha ao de cima.

Perdi os Meus Fantásticos Castelos

Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!

Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!

Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...

Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...

Florbela Espanca

Saudade

Tenho saudades do que já fui um dia.
Tenho saudades do que já tive.
Dói, mas não há nada que possa fazer,
O passado não se pode mudar.
Resta-me continuar a viver
E tentar não pensar no que já foi.
Mas custa, quando o passado,
Todos os dias, nos diz: "Estou aqui"!
Tenho saudades de quando sorria,
Ignorando toda a realidade
Que me rodeava sem eu saber.